Ilídio Salteiro, Ilha 1, 2013. Óleo sobre tela, 27 x 36 cm
ARQUIPÉLAGOS
E CONSTELAÇÕES
ILÍDIO SALTEIRO
Arquipélagos
e Constelações, reúne um conjunto
diversificado de «quadros» que integram séries, muito numerosas e mais ou menos
prolongadas no tempo, produzidas entre 2006 e 2018.
Nesta seleção podemos percecionar um fio condutor em
cada um, que acaba por ser elo de união com muitos outros. Este fio condutor corresponde
a entendimentos estéticos de diversa índole sobre as formas, a iconografia, o espaço
e a luz, e sobre a geografia e a política. Nele vão-se problematizando e discutindo
as questões que a pintura e a arte levantam, sobre a matéria e a natureza, através
da linguagem plástica e pictórica, concretizadas em «quadros», sistemática e exaustivamente.
A Pintura é uma ação do pensamento sobre a matéria! É um processo de
pensamento fundamentado nos modos de rever e refazer o mundo transformando as
matérias, físicas e conceptuais, que o compõem. A Pintura refaz, reorganiza,
recompõe, reordena e enfatiza as matérias universais, conhecidas ou desconhecidas
(Salteiro, O Centro do Mundo, 2013, p. 12).
Cada obra acaba por ser disso testemunho, um
testemunho que nos coloca perante as anatomias do pensamento humano. Arquipélagos
e Constelações, o título dado a esta reunião de «quadros», corresponde a
conceitos equiparáveis pela união na diversidade e pelos elos endógenos de cada
elemento face aos outros e ao todo.
Estas vinte pinturas são fatores de ligação de
pensamentos particulares a um outro pensamento universal, que no tempo presente
apenas será abarcável, no seu todo, pela vivência da arte e pelo processo intimista
da feitura desta.
Ilídio Salteiro (1953), é artista-plástico pintor, investigador e professor de pintura na
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Expõe regularmente desde
1979, participando na LIS’81-2ª Bienal de Desenho em 1981 e na III Exposição da
Fundação Calouste Gulbenkian em 1986. Está representado na Coleção Culturgest e
em outras coleções públicas e privadas. Realizou trinta e duas exposições
individuais, das quais se destacam O
Centro do Mundo no Museu Militar de Lisboa em 2013, Faróis e Tempestades na galeria da FBAUL e Uma Viagem na Minha Terra no Museu de Lanifícios na Covilhã em
2018. Participa desde os anos 80 em diversos projetos de curadoria e de
intervenção social, cultural e artística.
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