26/09/2022

Museo Historico Municipal de Écija - Ayuntamiento de Écija

 


Arte Contemporáneo Portugués en el Museo Histórico Municipal de Écija

 

Una vez más, la ciudad de Écija se ratifica como baluarte del panorama artístico contemporáneo internacional gracias a la apuesta del Museo Histórico Municipal de Écija por el arte de vanguardia. Los artistas portugueses y profesores-investigadores de la Universidade de Lisboa, Ilídio Salteiro y Dora-Iva Rita protagonizan sendas exposiciones individuales  simultáneas comisariadas nuevamente por el ecijano 233, a.k.a. Ramon Blanco-Barrera.

Dicotomía de la verdad, que así se llama el evento expositivo que recoge los proyectos directamente interrelacionados de estos dos artistas, es una investigación abierta y en constante evolución sobre los eternos interrogantes que gobiernan nuestro mundo. A través de una serie de materializaciones artísticas en contraste; pinturas, dibujos, esculturas, instalaciones… de pequeño formato, se erigen pilares y contrafuertes para intentar dar cabida a las múltiples experiencias de búsqueda de la verdad entre las personas.

Por un lado, Ilídio Salteiro (Alpedriz, 1953) expone una propuesta pictórica dual entre la vida y la naturaleza, el bien y el mal, lo desarrollado y lo peregrino, la inadaptación y la evolución. Disecciona preguntas, lanzando respuestas visuales para conectar con lo real a través de un público voraz lleno de signos, gestos y sensaciones.

Por otro lado, Dora-Iva Rita (R.D. Angola, 1954) presenta una especulación de mundos paralelos dibujados y tridimensionados en cerámica, ensamblados e instalados manualmente como si de la Madre Tierra se tratara, y con los que plantea reflexionar sobre el origen de las cosas. Volver al principio para renacer en una dimensión sociológica mayor, sostenible.

Dicotomía de la verdad les invita a su inauguración, que tendrá lugar el sábado 1 de octubre de 2022 a las 12:00 horas en la Sala de Exposiciones Temporales del Museo Histórico Municipal de Écija, con entrada libre hasta completar aforo. Las exposiciones estarán abiertas al público en el horario habitual del Museo, del 1 de octubre al 2 de noviembre de 2022.

26/06/2022

1981-2022

 

Ilidio Salteiro, 2019.
Óleo sobre papel com 100 cm x 150 cm, exposto em 2019 na Fundación Casa Pintada / Christobal Gabarron, Mula, Murcia, numa exposição intitulada «Paisagens de Trezenzónio» sob a curadoria de Olga Pomares e Juan Sandoval.



Atendendo ao facto de expormos aquilo que fazemos, aqui e agora, enquanto esperamos sossegadamente que tudo nos venha parar à mão sem que para tal façamos ou façais alguma coisa.

É preciso sair do ovo! A vida é hoje e não depois. A sorte com que se luta, é preciso fazê-la sair de tudo o que está feito, de tudo o que está vivo e não do que está morto.

Se eles não sabem que o sonho é tela, é cor é pincel, vaso fuste capitel, pináculo de catedral.

É altura de saberem. Já se perdeu muito tempo contraponto sinfonia. Estamos aqui para dizer que existimos. Estamos aqui para dizer que precisam de nós. Que não podem viver sem nós. O Mundo é dos que pensam, dos que sabem pensar, dos que sonham e sabem sonhar.

Um frango só por si não existe. Um galo serve para cantar quando o Sol se levanta no horizonte e ser cozinhado.

Depois vem as silhuetas e as sombras e os homens de bem, os artistas e os poetas, as crianças e os crianços, dizer que assim não pode ser, que assim não se pode caminhar em frente. No abismo ecoa-lhes, o eco. Depois há um acomodar melancólico, um bem-estar encostado a uma parede morta e parva e todas as considerações que se podem fazer á volta dela, pobre coitada. És feia, és bonita, tens os olhos tortos, tens elementos muito agradáveis e desagradáveis, tens muitas dúvidas, não sabes nada, nada… Mas sabes tudo, tudo sem nada saber. Espera que o Sol se ponha e verás! Verás que a luz só existe enquanto existe a matéria, massa de que todos somos feitos. Ah sim. porque não tenhas peneiras, tu, sim tu, és tão ignorante como eu! Tu que estás sozinho a ler isto, que fincas os pés no chão numa tentativa de equilíbrio constante, se queres compreender alguma coisa tira de cá o sentido. Não sabes ver, não sabes pensar, não sabes sonhar. Deita-te, deita-te na cama e conscientemente, começa hoje já a roer na ponta dos pés e acaba só, quando chegares à ponta do último cabelo. Então, e só então, talvez tenhas inventado o sentido, razão, o engenho.



[Ilídio Salteiro, 1981-2022]


Texto para o catalogo da exposição «ARTES PLÁSTICAS», na Galeria da Câmara Municipal da Amadora, de 15 a 23 de novembro de 1981, com o apoio do Centro Cultural Roque Gameiro. Esta exposição teve a participação dos artistas Amadeu Escórcio, Ana Casanova, Dora Iva Rita, Dulce Araujo, Eduardo Nascimento, Henrique Bacelar, Ilídio Salteiro, Joaquim Lourenço, Luis Manuel Vasconcelos, Manuela Jardim, Maria Machado e Maria Morais. 

Pode-se escrever

Pedro Oom (14 de junho de1926 - 26 de abril de 1974):  escritor e poeta surrealista português, ligado ao neorrealismo, ingressou, no final d...