17/11/2011

Luis Herberto: Nós e todos os outros...

«Nós e todos os outros…» é o título de uma exposição nos espaços do Instituto Superior de Economia e Gestão nos quais se podem ver as mais recentes obras de Luís Herberto. A inauguração tem lugar no próximo dia 23 de Novembro de 2011 às 18 horas e a exposição encerra no dia 26 de Janeiro de 2012.

ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão. Rua do Quelhas, nº 6 em Lisboa.
Horário: 2ª a 6ª feira das 9h às 21h e sábado das 9 às 14h. Encerra aos domingos e feriados.


Luís Herberto
NÓS E TODOS OS OUTROS…


A exposição de Luís Herberto no Instituto Superior de Economia e Gestão enquadra-se num projecto que conta com a colaboração da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. A colaboração entre estas duas instituições de ensino superior acontece por causa do interesse, da sensibilidade e da partilha das questões artísticas e culturais do nosso tempo e por causa da oportunidade de se seleccionarem e mostrarem projectos artísticos relevantes, independentemente do seu estado evolutivo poder situar-se nos domínios da génese ou da maturidade.
No caso desta exposição, que se inaugurará no dia 23 de Novembro de 2011, estamos, seguramente, na presença de um trabalho de grande maturidade, resultante do processo criativo de Luís Herberto, fundado na investigação continua em arte que a profissão de pintor requer.
Neste seu projecto artístico, Luís Herberto faz-nos reviver a boa pintura da tradição figurativa da cultura ocidental, expressiva pelo toque, pela denúncia dos gestos e pela insinuação de um tempo-espaço que apenas essa área da expressão artística consegue transmitir. O recurso ao modelo é uma metodologia constante para a representação de atitudes e acontecimentos cuja veracidade extrapictórica é irrelevante. Mas não é irrelevante o modo como o sentido pictórico de L.H. nos mostra esses modelos.
Eles atingem a dimensão de grandes protagonistas, mantendo no entanto velados os conceitos de retrato ou auto-retrato enquanto géneros. Os seus modelos, na intimidade do estúdio, predispuseram-se ao trabalho de serem os representantes de uma geração. Eles estão envolvidos em cumplicidades insinuantes aos olhos do observador, o qual inevitavelmente se confunde entre aquilo que se percepciona e a materialidade física de obra feita com os gestos que modelam as formas, os espaços, a luz e a cor.
A pintura de Luís Herberto recupera, sem preconceitos, os processos oficinais tradicionais, impregnando-a com a dimensão pertinente que a nossa actualidade exige.
Ilidio Salteiro, 2011.

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