19/04/2011

CSO 2011 – Associativismos

Por vezes quando criadores falam de obras de outros criadores é natural que sobressaia o espírito do associativismo como uma solução capaz de dar resolução aos problemas concretos da profissão tais como assistência social, divulgação de acções, capacidade de ser parceiro social, assuntos fiscais, consultadoria estética, formação, etc… Estamos a falar de aspectos gerais e comuns a todas as profissões.

Claro que não compete a associações profissionais pronunciarem-se sobre a qualidade de cada um dos seus membros. Até não seria democrático. No entanto cada vez que este assunto se aventa no Art World existe sempre quem argumente que as associações são desnecessárias porque tudo está bem como está; os criadores que não queiram ou não saibam jogar com as regras deste jogo são apenas burros.

Mas a arte nem tem regras nem é jogo!

Afirmo isto com conhecimento de causas desconstruídas por pensamentos conservadores e situacionistas, durante os anos 80 em projectos que se estruturavam no associativismo.

Porque será que isto acontece? A fobia ao associativismo no ambito das artes? Creio ser porque o associativismo coloca em perigo o status quo: já tenho alguma experiência de vida e por isso lembro-me perfeitamente de quando duas pessoas se encontravam a falar na rua poderem ser convidadas a dispersar por autoridades policiais para não perturbarem a ordem pública.

Será que esta mentalidade ainda paira?

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