PEDRO CABRITA REIS (1954)
Gaveta, 2015
«Na sala de Ruth
a gaveta do Pedro Cabrita (1955) excede-se, como sempre acontece nas suas
obras. E ainda bem que é assim. A baba da tinta “aconteceu” naquela gaveta-mala-objeto
incerto com um à-vontade de mestre. A trincha agarra a tinta na proporção
certa, a mão de gesto controlado, cerca-se do suporte, e aparentando um só
golpe, lento, preciso, duradouro no seu ápice, convocando todo um esforço da
atenção daquilo que se entende por momento artístico, remata o movimento e a
obra. A cor ilumina de súbito a textura da madeira. O objeto anterior é eleito
obra de arte, convocado entre os demais. A finalização será pouco mais, um
suporte ali, um puxador acolá, uma simetria, duas diagonais. Composição. Uma
obra clássica no seu mais perfeito dinamismo». (Dora Iva Rita, 2015)
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