19/02/2011

O Museu

Os museus são geralmente entendidos como lugares de aprendizagem e inspiração, como a casa das musas. Embora os primeiros museus tenham as suas origens nas primeiras colecções formadas na era helenista, e em Alexandria dos Ptolomeu, em particular, a instituição como a conhecemos hoje é essencialmente uma criação do Iluminismo, no final do século XVIII. Como outras instituições do Iluminismo, o museu foi interpretado com uma função educativa, como sendo um local capaz de organizar e expor os testemunhos da arte e da natureza. Inerente a esta concepção do museu é a ideia da instituição como espaço público, dedicado à difusão do conhecimento. Esta noção do museu contrasta em absoluto com o tesouro medieval ou gabinete de curiosidades da Renascença, onde as raridades eram reunidas tanto como troféus como para uma contemplação privada associada ao lazer. Mas olhar para a arte é tanto uma experiência sensorial como pedagógica. Recentemente, o museu tornou-se a catedral ou templo dos nossos tempos, um lugar de experiência "religiosa" ou quase-religiosa. A oportunidade para se usufruir de momentos tranquilos a contemplar arte, muitas vezes em espaços arquitectónicamente distintos, permitindo que o repouso espiritual e a regeneração intelectual, tão essências ao bem-estar emocional e psíquico de todos. (Ler tudo: The Museum as Muse: Artists Reflect, organizado por Kynaston McShine, Nova Iorque, MoMA, 1999, p. 7.)

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