(Continuação do publicado em 14 de Março de 2008)
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A fuga foi a maledicência incutida depois deste breve diálogo de circunstância: a Pintura como uma coisa universal e habitualmente inquestionável e os Pintores divididos entre bons e maus por critérios incógnitos, enquadrados por uma estranha geografia que recusa admitir o geocentrismo contemporâneo continuando a dividir o indivisível segundo modos de pensar regionais, nacionais ou internacionais.
Esta maledicência não pode ser vista como uma coisa negativa porque ela é um exercício de exaltação do sistema nervoso que desvenda sensibilidades que importam registar.
Estou farto de modernismos, sejam eles pós ou pré, disse, a Pintura sofre de falta de regras e padece da sujeição ao Império do Efémero.
A tratadística contemporânea está alicerçada em meia dúzia de magazines de publicidade mensal, acrescentei com a certeza de não ter sido entendido na globalidade da informação que as poucas palavras, que acabava de pronunciar, continham.
Mas, como previ, o meu interlocutor pouco se importou. Fingiu perceber! Ele estava muito inquieto com a fragilidade formativa do recurso à importação de modismos, com os seus receituários conceptualmente já explanados. Propunha a urgência de se estabelecerem regras.
Que regras? Perguntei. A Pintura tem regras, mas a Arte que todos queremos em que ela se transforme, tem? Esta interrogação substituindo uma afirmação foi causada pela realidade de estar numa posição hierarquicamente inferior na pirâmide desta Academia.
A resposta compôs-se em redor de um academismo metodologicamente oitocentista, mas foi muito envolvida por criticas a modernismos e a vanguardas, e aos modismos periodicamente renovados no inicio de cada uma das quatro estações.
Eu entretanto pensava que nos imensos corredores desta Academia fazem falta sobretudo interrogações observando o que aqui se ensina e como se ensina.
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A fuga foi a maledicência incutida depois deste breve diálogo de circunstância: a Pintura como uma coisa universal e habitualmente inquestionável e os Pintores divididos entre bons e maus por critérios incógnitos, enquadrados por uma estranha geografia que recusa admitir o geocentrismo contemporâneo continuando a dividir o indivisível segundo modos de pensar regionais, nacionais ou internacionais.
Esta maledicência não pode ser vista como uma coisa negativa porque ela é um exercício de exaltação do sistema nervoso que desvenda sensibilidades que importam registar.
Estou farto de modernismos, sejam eles pós ou pré, disse, a Pintura sofre de falta de regras e padece da sujeição ao Império do Efémero.
A tratadística contemporânea está alicerçada em meia dúzia de magazines de publicidade mensal, acrescentei com a certeza de não ter sido entendido na globalidade da informação que as poucas palavras, que acabava de pronunciar, continham.
Mas, como previ, o meu interlocutor pouco se importou. Fingiu perceber! Ele estava muito inquieto com a fragilidade formativa do recurso à importação de modismos, com os seus receituários conceptualmente já explanados. Propunha a urgência de se estabelecerem regras.
Que regras? Perguntei. A Pintura tem regras, mas a Arte que todos queremos em que ela se transforme, tem? Esta interrogação substituindo uma afirmação foi causada pela realidade de estar numa posição hierarquicamente inferior na pirâmide desta Academia.
A resposta compôs-se em redor de um academismo metodologicamente oitocentista, mas foi muito envolvida por criticas a modernismos e a vanguardas, e aos modismos periodicamente renovados no inicio de cada uma das quatro estações.
Eu entretanto pensava que nos imensos corredores desta Academia fazem falta sobretudo interrogações observando o que aqui se ensina e como se ensina.
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(Continua no dia 26 de Maio de 2008).
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