Se todo o ser humano é um artista isso significa que eu também sou artista: eu, o meu amigo e todos os nossos demais conTERRÂneos. Este facto deve-se à livre possibilidade de acessos e de direitos conquistados pelas sociedades democráticas durante a segunda metade do século XX. Uma conquista vislumbrada inicialmente por Marcel Duchamp, corporizada efetivamente por Joseph Beuys e vivida comumente nas sociedades pos-modernas e globalizantes atuais, onde a Arte convive com o lazer, a festa, o festival, o consumo, o mercado, a terapia, a pedagogia e com o conforto económico e social global: uma convivência fraterna com conceitos abertos de ambiente, natureza e vida.
Mas, para além desta minha qualidade de artista (ser humano), sou cada vez mais aquele que procura respostas construindo propostas através da Pintura: sou pintor!
Ilídio Salteiro, 2023
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