O mundo da arte (ou como referiu J. P. Queiroz , The Art World) baseado em classificações (rankings) obtidas através do cumprimento dos critérios da lei e das regras do mercado global, leis e regras que todos conhecem através de leilões, falsas vendas, falsas compras, estratégias de marketing, etc, têm como aspecto negativo o não fomentar a criação de públicos.
Desse modo, com o poder da persuasão, o público só terá olhos para identificar um First One. Mas um First One de que realidade? Da realidade europeia? Portuguesa, chinesas, ou americana? Da realidade anglo-saxónica? Mas será que esta é a única realidade? Será que nós somos anglo-saxónicos?
Com este congresso a organização teve a coragem de fazer sobressair duas realidades: a primeira será a realidade do mundo ibérico, conhecedor, culto, criativo, construtivo, capaz de formular perguntas e encontrar respostas, com uma enorme vantagem sobre todos os outros mundos que é ser simultaneamente diversificado, jovem e ancestral. A segunda tratou-se de abrir um espaço de diálogo entre criadores e as obras dos seus pares.
Esta última realidade contribuirá certamente para a urgente retirada das artes do enclave em que se situa como coisa dependente, adjacente e supérflua e vê-la como uma área de conhecimento autónoma.
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