31/03/2009
30/03/2009
Ser Pintura
Há muitos milhões de anos que a Pintura vem adquirindo um saber específico, sempre em constante acumulação, que lhe advém da sua actuação ao serviço do espírito humano.
É frequente designar-se a Pintura como uma das Artes que o Homem utiliza para enfrentar o destino da sua sobrevivência.
No entanto, não havendo dúvidas de que a Pintura é uma Arte, nem todas as pinturas o são. Por ventura procurarão e desejarão sê-lo; terão mesmo esse objecto explícito ou subjacente mas, será difícil admitir-se que «todas as pinturas do mundo» o sejam. E quando falamos em «todas as pinturas do mundo» estamos a referirmo-nos a qual dos mundos?
O que acabámos de referir em relação à Pintura poderia ser referido em relação a qualquer outra Arte, como por exemplo a Música. Admitindo que «todas as músicas do mundo» tenham sido compostas com o objectivo de serem Arte, certamente que nem todas o serão.
Mas esta confusão, a meu ver aparente, interessa a todos porque se tudo for Arte, todos os fazedores de Arte serão Artistas. Assim sendo, com este estatuto, fica garantida a qualidade de uma produção passada presente e futura, e esse Artista torna-se veículo aliciante para o mercado da Arte que, à partida, vê garantido o valor de um património mesmo quando este não estiver ainda realizado.
A vulgarização dos termos Arte e Artistas são habitualmente aplicados nos mais variados discursos e circunstâncias, mesmo em manuais de História da Arte, tornando difícil distinguir entre o genérico e o essencial.
Estamos apenas perante uma aparentemente ingénua confusão entre a aplicação da palavra Arte umas vezes como adjectivo e outras como substantivo de acordo com conveniências
Concluindo dizemos apenas que, entre o «ser Arte e ser Artista» e o «ser Pintura e ser Pintor», estes são sobretudo «seres substantivos». (I. Salt. 2009)
É frequente designar-se a Pintura como uma das Artes que o Homem utiliza para enfrentar o destino da sua sobrevivência.
No entanto, não havendo dúvidas de que a Pintura é uma Arte, nem todas as pinturas o são. Por ventura procurarão e desejarão sê-lo; terão mesmo esse objecto explícito ou subjacente mas, será difícil admitir-se que «todas as pinturas do mundo» o sejam. E quando falamos em «todas as pinturas do mundo» estamos a referirmo-nos a qual dos mundos?
O que acabámos de referir em relação à Pintura poderia ser referido em relação a qualquer outra Arte, como por exemplo a Música. Admitindo que «todas as músicas do mundo» tenham sido compostas com o objectivo de serem Arte, certamente que nem todas o serão.
Mas esta confusão, a meu ver aparente, interessa a todos porque se tudo for Arte, todos os fazedores de Arte serão Artistas. Assim sendo, com este estatuto, fica garantida a qualidade de uma produção passada presente e futura, e esse Artista torna-se veículo aliciante para o mercado da Arte que, à partida, vê garantido o valor de um património mesmo quando este não estiver ainda realizado.
A vulgarização dos termos Arte e Artistas são habitualmente aplicados nos mais variados discursos e circunstâncias, mesmo em manuais de História da Arte, tornando difícil distinguir entre o genérico e o essencial.
Estamos apenas perante uma aparentemente ingénua confusão entre a aplicação da palavra Arte umas vezes como adjectivo e outras como substantivo de acordo com conveniências
Concluindo dizemos apenas que, entre o «ser Arte e ser Artista» e o «ser Pintura e ser Pintor», estes são sobretudo «seres substantivos». (I. Salt. 2009)
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